A Governança está para o próximo século, tal qual a Gestão esteve para o século passado.
Os movimentos de estruturação de empresas e a criação da administração científica moderna tiveram seu ponto de partida em meados do século XVIII, com um fenômeno responsável por significativas mudanças sociais e econômicas – a revolução industrial. Desde de essa época, vivenciamos fases evolutivas da gestão – contábil (até 1930), legal (1930-1950), tecnicista (1950-1965), administrativa ou sindicalista (1965-1985) e por fim fase estratégica (1985 a atualidade).
Em paralelo e de forma complementar, a Governança, que nasce no contexto das empresas de capital aberto e se consolida no Brasil, a partir da criação do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (1999), vem ganhando relevância para outros tipos de empresa, com modelos baseados nos princípios e fundamentos da Governança Corporativa (2020), menos formalistas e mais adequados à realidade das empresas de capital fechado, das empresas públicas, das organizações não governamentais e mais recentemente do ecossistema de inovação.
Nosso reconhecimento e gratidão a todos que vem atuando direta ou indiretamente nesse movimento de tornar a Governança acessível a qualquer empresa. Isso deve contribuir com a melhoria do ambiente empresarial brasileiro, através de foco no direcionamento dos negócios para geração de valor aos públicos (stakeholders) e no longo prazo e perenidade das empresas, melhorando as estatísticas de perpetuidade dos negócios.
Nesse cenário, a demanda por Conselheiros Consultivos Independentes vem crescendo de forma acelerada, nos últimos anos e tende a seguir crescendo de forma exponencial. Mas quem são estes profissionais que poderão contribuir com a evolução de boas práticas de Governança do mercado brasileiro? Há quem pense, que são pessoas capazes de aconselhar. Em nossa visão, são profissionais especialistas em Governança, experientes em Gestão, com carreira autoral, foco no Life Long Learning, com softskills que o habilitam para a prática da função, e por que não certificados?
A certificação profissional, como um processo negociado pelas representações dos setores sociais e regulado pelo Estado, pelo qual se identifica, avalia e valida formalmente os conhecimentos, saberes, competências, habilidades e aptidões profissionais desenvolvidos em programas educacionais ou na experiência de trabalho, parece bem adequado para garantir a qualidade profissional necessária, para os desafios da função.
A ABC³, visando ser referência em profissionais de governança corporativa para o ambiente empresarial brasileiro, mantém o seu propósito de representar os Conselheiros Consultivos Certificados e contribuir com a sua prática, como profissionais que focam na sustentabilidade e perenidade das organizações brasileiras, por meio de melhores práticas da Governança Corporativa, que geram ambientes de negócio mais justos, diversos e equilibrados. E dessa forma reforça seu compromisso com a certificação profissional do Conselheiros e com a regulamentação da profissão.
Na ABC³, estamos todos comprometidos e envolvidos com o crescimento da associação como entidade de fomento à Governança e de representação dos CCC (Conselheiros Consultivos Certificados), com foco na inclusão e na excelência de performance dos nossos associados.
Para finalizar, gostaria de compartilhar uma reflexão acerca da maior barreira à diversidade nos Conselhos hoje ser a atual forma de recrutamento – por meio de redes de contato, que priorizam a manutenção do status quo. Acreditamos que o processo de seleção de Conselheiros tende a ser profissionalizado, e neste cenário a certificação pode ser um diferencial, se feita com o rigor e isenção necessários.
Prepare-se para este momento!
Seja um Conselheiro Consultivo Certificado!
E venha pra ABC³, ajudar a construir esse capítulo da história da Governança no Brasil!
Artigo escrito por Luciene Dias,
Membro fundador da Associação Brasileira de Conselheiros Consultivos Certificados – ABC³