Desde minha formação para atuar como Conselheiro Consultivo Certificado, em 2020, por meio do programa ConCertif@N1, promovido pela CELINTBRA, tenho ouvido questionamentos que circundam esse tema.
Empresários, Consultores, Executivos e outros Conselheiros buscam, mesmo que em diferentes níveis de profundidade, responder a essa pergunta, considerando o espaço cada vez maior que a Governança Corporativa vem ocupando recentemente no ambiente dos negócios, especialmente os relacionados às empresas familiares e de capital fechado.
Por mais complexo que seja, ou pelo menos que pareça ser, o Conselheiro Consultivo precisa identificar algumas caraterísticas da empresa, a fim de estruturar melhor a implantação – ou não – do projeto, buscando a resposta para três perguntas preliminares:
1ª) Qual é o grau de conhecimento sobre o tema?
Revelação importante para entender o nível de “maturidade” da empresa em relação ao tema Governança Corporativa, que transcorre sobre o conhecimento de seus princípios, benefícios, rituais e de seu papel independente e imparcial.
2ª) O que a empresa espera?
Ideal para conhecer as “expectativas” da empresa em relação à implantação de um Conselho Consultivo, buscando verificar se há aderência às boas-práticas de Governança Corporativa por meio da priorização dos assuntos importantes, e não dos urgentes.
3ª) Em que momento a empresa está?
Necessário para identificar quais são as “dores” do negócio e do(s) sócio(s), sejam elas de âmbito societário, operacional, comercial, financeiro, familiar ou estratégico. Nem sempre as dores assemelham-se a problemas, mas, geralmente, é o que desperta o interesse pelos projetos de implantação de Governança Corporativa.
A busca pelas respostas ao acrônimo MED (Maturidade, Expectativas e Dores), ainda que de forma preliminar, durante as conversas sobre Governança Corporativa com as empresas demandantes, auxiliará o Conselheiro Consultivo na estruturação inicial do projeto de implantação.
O escopo do projeto deverá considerar o tipo de Conselho, os membros que oirão compor, a quantidade e o perfil dos Conselheiros Consultivos, além da frequência das reuniões, se identificado que a implantação do Conselho Consultivo possui sustentação nas características da empresa.
Autor:
Rodrigo Montanari da Cunha é Administrador de Empresas e Mestre em Engenharia de Produção, Conselheiro Consultivo Certificado ConCertif@N1 e Consultor Empresarial Certificado ABRACEM, Membro do Conselho da ABC³ como Diretor e Secretário, Facilitador do Comitê de Educação e Conteúdo e do Comitê de Pessoas e Performance.