Superar desafios e alcançar vitórias são geralmente relacionados a um jogo ou a uma competição. E, em ambientes de negócios, almejamos a notoriedade no mercado, os bons retornos de investimentos, e pasmem, a perenização do próprio negócio. São os desafios de empreender, empresariar e de estar com a última linha azul…

No contexto de mercado, somos impelidos a concorrer com outras empresas do mesmo segmento como tática, propondo metas, prazos e KPIs (em inglês Key Performance Indicators) para nos demonstrar o desempenho, e paradoxalmente, também competirmos com a nossa própria história de conquistas, e alcançar novos recordes!

Competir implica fazer escolhas, saber ganhar ou perder, aceitar limites. Ganhar ou perder é experimentar um limite, compreender os riscos ao empreender. E assim, exige-se aceitar: lucro e prejuízo fazem parte do jogo. Trata-se, então, de se dedicar mais, planejar e executar os procedimentos, conhecer melhor o concorrente e a si mesmo. Empresariar é aprender a fazer escolhas com sabedoria, pois tempo, espaço e recursos são limitados, principalmente em um mercado cada vez mais competitivo e em crises sucessivas.

Empresariar é aprender a fazer escolhas com sabedoria, pois tempo, espaço e recursos são limitados, principalmente em um mercado cada vez mais competitivo e em crises sucessivas.

Mas, segundo BLEEKE e ERNST apud MINTZBERG et all, 2006, desde a virada do milênio, para grande parte das empresas, os dias de concorrência rápida e predatória terminariam, ora por exaustão financeira, esgotamento intelectual para inovar, mas, principalmente, por aprenderem a colaborar e não mais competir.

Hoje, aprender a competir implica aprender a colaborar, e em ambientes de negócio este aprendizado envolve a Governança Corporativa.

É um conceito revelador pensarmos que a competição e a colaboração são faces da mesma moeda, já que não se realiza uma sem a outra.

Gosto de explicar, mesmo podendo ser repetitiva: sem colaboração entre os que estão tocando os negócios e os stakeholders, não há prosperidade. Trata-se de respeitar regras, consentir em planejar e executar sucessivamente ou ao mesmo tempo, ainda que sob ideias e posições contrárias dos governantes e executivos. É saber compartilhar em favor de algo além dos egos: as empresas têm um legado! Empresários, herdeiros, sucessores e gestores, especificamente os das pequena e média empresas, precisam aprender a colaborar em nome da realização de um projeto ou do compromisso social com a sustentabilidade e a perenização do negócio.

É saber compartilhar em favor de algo além dos egos: as empresas têm um legado!

Colaborar supõe autonomia, respeito mútuo, reciprocidade e responsabilidade com prazos e objetivos. Como é melhor colaborar e trabalhar em grupo! E superar os desafios unidos!

Colaboração e competição não são termos contraditórios. Eles se opõem, complementando-se, tal qual lâminas de tesouras, que mesmo contrárias, se ajustam ao corte preciso. Há de se aprender a colaborar no processo e a competir pelo resultado. Aprender a competir e a colaborar na perspectiva de sua complementaridade ou interdependência é a base da Governança Corporativa,

Há de se aprender a colaborar no processo e a competir pelo resultado.

Na empresa governada, com seus Comitês de Trabalho, Controladoria e Gestão à Vista todos planejam e realizam seus entregáveis, não importando as diferenças entre suas tarefas de base, postos ou hierarquia, e sim o que poderá ser feito mais e melhor com o apoio ao outro.

Com a Governança Corporativa, o jogo tem plateia e ouvimos das arquibancadas os gritos: Corre! Vai! Isso mesmo…

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Autora:

Dra. Adriana Abud é Médica Ouvidora e Conselheira Consultiva Certificada ConCertif ®N1 pela CelintBra®. Associada desde 2020 e Membro do Board como Diretora, Facilitadora do Comitê Temático de Estratégia e Marketing e Secretária da Diretoria da Associação Brasileira de Conselheiros Consultivos, na Gestão 2021/2022.