Estruturar um conselho consultivo exige reconhecimento sobre as necessidades da organização. Saiba quais pontos considerar na hora de compor o órgão colegiado na sua empresa. 

Como um dos órgãos de governança corporativa, o conselho consultivo traz maturidade ao aconselhar a gestão sobre questões estratégicas e de monitoramento da empresa.  

Para alcançar seu potencial, antes de criar um conselho consultivo, é importante ter clareza sobre o que a organização quer e precisa para seu futuro. Só assim será possível identificar como o órgão pode apoiar tanto na perspectiva estratégica quanto na sustentabilidade da empresa.  

Neste artigo, você vai saber mais sobre o que um conselho consultivo pode fazer por empresas, independente do seu porte e segmento, além de conhecer pontos fundamentais para a criação do órgão e a composição dos conselheiros. 

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1.O que é um conselho consultivo

2. Por que o conselho é importante?

3.Como compor um conselho consultivo na organização

4. Conte com a expertise de conselheiros profissionais

O que é um conselho consultivo 

O conselho consultivo é um órgão colegiado, composto por especialistas, geralmente, externos à empresa. É fundamental que os conselheiros tenham independência em relação aos interesses da organização, pois seu foco é apresentar recomendações especializadas que ajudem a empresa a alcançar seus objetivos estratégicos. 

Embora não tenha poder decisório, as recomendações e pareceres técnicos especializados emitidos pelo órgão oferecem fundamentação para a tomada de decisões das organizações.  

Por que o conselho consultivo é importante? 

Recorrendo à mitologia, um conselho consultivo é como um oráculo. A quem os gregos e outras culturas recorriam para buscar conselhos e sabedoria para responder às suas questões fundamentais.  

O conselho consultivo, diferente do oráculo, não utiliza do conhecimento místico, mas sim do conhecimento técnico especializado para contribuir com recomendações sobre definições estratégicas apresentadas pela diretoria.  

Entre as áreas que o conselho consultivo pode apresentar suas recomendações estão: 

  • o plano estratégico; 
  • o plano orçamentário e financeiro; 
  • as definições de investimentos;  
  • recomendações societárias, de liquidez e sucessão, entre outras. 

Como benefício, a empresa ganha alinhamento às demandas legais, validação e segurança para sócios e/ou acionistas, além de debate e tomada de decisões de alto nível. 

Portanto, uma organização que conta com um conselho consultivo agrega mais valor às suas estratégias e à sustentabilidade empresarial.

Como compor um conselho consultivo na organização 

A estruturação do conselho consultivo exige um alinhamento entre diversos pontos. Deve considerar desde os objetivos da organização até a manutenção do órgão após a sua implementação. Confira a seguir alguns pontos essenciais na hora de criar um conselho consultivo. 

  1. Alinhe objetivos com as demandas da empresa

Antes de dar os primeiros passos para a criação do conselho consultivo é necessário ter clareza sobre o que se espera do órgão colegiado. Contudo, isso só será possível se os objetivos e necessidades da empresa estiverem bem descritos e referendados por sócios ou acionistas.  

Por isso, é fundamental que os objetivos estratégicos a curto, médio e longo prazo estejam definidos. Só assim, será possível identificar:  

  • como o conselho poderá apoiar a organização a alcançar os resultados; 
  • a quantidade ideal de conselheiros;  
  • quais os especialistas necessários para compor o conselho consultivo, entre outros pontos. 
  1. Crie um regulamento

O regulamento do conselho é um documento que descreve todos os deveres, as expectativas e normativas em relação ao órgão colegiado. É com base nele que sócios, acionistas e conselheiros poderão alinhar tudo o que se espera do órgão e de seus membros. 

Um regulamento deve conter: 

  • finalidade do conselho; 
  • composição do conselho; 
  • competências e objetivos; 
  • funcionamento das reuniões; 
  • remuneração dos conselheiros; 
  • tempo de mandato e disposição sobre a escolha dos conselheiros; 
  • avaliação de desempenho do conselho, entre outros. 

Com um regulamento bem estruturado, é hora de definir quem serão os especialistas que vão compor o órgão.  

  1. Escolha quais perfis de conselheiros contratar 

A escolha dos conselheiros é determinante para o sucesso do conselho consultivo. É necessário considerar a autonomia, para que possam deliberar de forma livre; a diversidade, para enriquecerem as deliberações; e a sua expertise técnica, para oferecerem perspectivas bem fundamentadas. 

Na hora de escolher os conselheiros, sejam eles contratados ou voluntários, busque por profissionais com reconhecida formação acadêmica em sua área de atuação, além de: 

  • experiência com governança corporativa;  
  • atuação com liderança estratégica; 
  • postura íntegra e  
  • abertura para diálogo e negociação. 

Como um órgão colegiado, que é pautado por debates e tomadas de decisão em grupo, é importante que os conselheiros possuam atributos como consciência de união, envolvimento, aprendizagem e perfil de liderança gerencial. 

  1. Fortaleça a relação conselho e empresa

Após a implementação do conselho consultivo, é importante que todos os integrantes da empresa, desde os acionistas até os colaboradores, tenham consciência sobre o papel do órgão. Especialmente no que diz respeito sobre suas recomendações, para assim evitar conflitos.  

Neste sentido, pode ser interessante promover ações de integração ou de divulgação entre conselheiros e demais stakeholders. O objetivo é fortalecer a relação entre o conselho e a empresa. 

Os dois lados saem ganhando: o conselho tem mais conhecimento sobre as pessoas envolvidas com a empresa e os stakeholders podem reconhecer a expertise dos conselheiros. 

Conte com a expertise de conselheiros profissionais 

Entendeu como compor um conselho consultivo é um processo complexo, que exige planejamento estratégico e alinhamento técnico às práticas de governança corporativa? É por isso que é cada vez mais comum que as organizações recorrem a especialistas em governança.  

A certificação em governança corporativa qualifica os profissionais a partir de técnicas, boas práticas e experiências que facilitam a implementação do conselho consultivo. Afinal, como vimos neste artigo, contar com o apoio de um especialista é o melhor caminho para tomar decisões assertivas.  

Instituições como a ABC³, composta por profissionais certificados pela CELINTBRA, contam com especialistas com ampla experiência em governança corporativa que acompanham empresas na estruturação de seus conselhos consultivos e/ou deliberativos.  

A ABC³ realiza eventos e iniciativas de aprendizagem contínua, para aprimorar cada vez mais o conhecimento e atuação de seus associados sobre a implementação da Governança Corporativa.  

Em outubro de 2021, nosso Comitê Temático de Educação e Conteúdo (CTEC) realizou um Mini Fórum com especialistas na área para debater sobre Governança Corporativa e reunir  insights sobre como começar uma GC bem estruturada. 

Iniciativas desta natureza tem o objetivo de capacitar os Conselheiros Consultivos Certificados da ABC³ para que possam exercer a profissão conforme os conceitos de Governança Corporativa e manter os profissionais atualizados sobre as melhores práticas do mercado.  

Se você quiser saber mais sobre governança corporativa e seus benefícios para sua organização, entre em contato pelo e-mail [email protected]  ou no telefone  (11) 94143-447. 

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